quinta-feira, 17 de agosto de 2017

LULA, QUEM DIRIA, ESTÁ COM MEDO DO POVO


 Maria Lucia Victor Barbosa

 Mesmo estando condenado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão, e sendo réu em cinco processos, Lula da Silva prossegue em campanha, que ele diz que não é campanha. Desse modo, depois de alguns anos anunciando que sairia em caravana, finalmente parece que tal vai acontecer. Será a tentativa de reeditar as caravanas de 1993 e 2001, outros tempos, outros momentos. Segundo é anunciado ele percorrerá o Nordeste e o tour totalizará 25 cidades em 18 dias.



Conforme a Folha de S. Paulo (14/08/2017), possíveis aspirantes à presidência da República têm também efetuado giros por alguns Estados, porém, a atividade dos citados está longe do que Lula já fez e pretende fazer, SENDO QUE NENHUM DELES ESTÁ CONDENADO.



Aliás, Lula nunca desceu do palanque mesmo em seus dois mandatos presidenciais, pois padece de verborragia eleitoreira aprendida nas lides sindicais. ALÉM DA POLITICAGEM POPULISTA, suas atividades se concentravam em viagens fabulosas, churrascos e, principalmente no primeiro mandato, nos joguinhos de futebol na Granja do Torto. DOCE VIDA QUE UMA VEZ OBTIDA FICA DIFÍCIL ABRIR MÃO.



Segundo o dicionário Aurélio, caravana é “um grupo de pessoas que vão juntas a algum lugar”. Também significa “uma multidão de peregrinos ou viajantes que se reúnem para atravessar o deserto com segurança”. Lula não vai atravessar um deserto, mas, a inclusão de “MULTIDÃO” e “SEGURANÇA” na definição, define melhor sua caravana. Vejamos porque:



A multidão que deverá acompanhar aquele que foi chamado de luz do mundo por Marilena Chauí (confusão do líder com Jesus Cristo), será composta pelo “EXÉRCITO DE STÉDILE”. Apesar de estar acostumado a viajar em confortáveis jatinhos, certamente de propriedade de generosos amigos, Lula viajará ao Nordeste de ônibus. Onde chegar será escoltado por GRUPOS DE SEM-TERRA E MEMBROS DE SINDICATOS RURAIS A BORDO DE MOTOS, não tendo sido dito a marca das potentes máquinas que abrirão alas para o chefe.



Mas, por que tal aparato? Segundo jornal já citado (12/08/2017) “o cortejo tem dupla função: atrair a atenção e INTIMIDAR OS OPOSITORES DO EX-PRESIDENTE”. Ao que tudo indica, agora Lula precisa de 200 motos para chamar atenção e, sem dúvida, está acometido de COXINHAFOBIA, ESTADO PSICOLÓGICO CARACTERIZADO POR MEDO DE COXINHAS.



A PARANOIA PARECE CRESCER QUANDO SE LEVA EM CONTA OUTRAS MEDIDAS DE SEGURANÇA, OU SEJA:

1º- Além das milícias dos companheiros, a segurança de Lula da Silva ficará a cargo do GSI, (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República.

2º - O Instituto Lula, pediu as Casas Militares dos governos estaduais do Nordeste que discutissem mais medidas de segurança, complementares as do GSI.

3º - Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, anunciou que “uma equipe será encarregada de vistoriar as cidades que serão visitadas por Lula”. Afirmou que “haverá precursora política, de comunicação e de segurança, como em todos os atos que o ex-presidente Lula participará”.



Decididamente, Lula, quem diria, ESTÁ COM MEDO DO POVO. Algo que não combina com a bajulação de Macedo, que afirmou ser ele “a maior liderança política e popular do País”. Se fosse, não teria medo de vaias, como já aconteceu em uma de suas viagens de campanha em uma cidade do Rio Grande do Sul.



Entre os programas do TURISMO-POLÍTICO AO NORDESTE, além de falar mal do presidente Temer, Lula fará um cruzeiro pelo Rio São Francisco. Certamente não vai inaugurar pela enésima vez a transposição do São Francisco, mas, quem sabe, como “luz do mundo” dirá que é o CRIADOR DO PRÓPRIO RIO.



Entre sua extensa comitiva, provavelmente vai figurar uma companheira que já enviou seu desejo de acompanhar o “pobre operário” em seu tour. Trata-se da bilionária Roberta Luchsinger, herdeira dos fundadores do banco Credit Suisse. Ela lançou o “BOLSA LULA” com pena do metalúrgico perseguido que teve seus bens (ou parte deles?) bloqueados pelo juiz Sérgio Moro.



A herdeira, que é divorciada de Protógenes Queiroz, ex-delegado e ex-deputado que teve que fugir do Brasil para não ser preso por ter violado o sigilo da Operação Satiagraha, milita no PCdoB e quer ser deputada estadual. Ela encheu uma mala da marca Rimowa com objetos caríssimos, inclusive, adicionou um cheque ao portador de 28 mil francos suíços (equivalentes a R$ 91 mil), mesada que recebia do avô e a fortuna será leiloado para ajudar seu ídolo petista.



Certamente os companheiros não terão dificuldade em arrematar os itens luxuosos em benefício do chefe. Eles disseram que a companheira bilionária é muito bem-vinda nesse momento em que o PT se renova (RENOVA?). Pudera, os companheiros empreiteiros estão na cadeia e ela chegou em boa hora.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

HÁ 40 ANOS SE ENCANTAVA ELVIS PRESLEY,   O CAWBOY DE MEMPHIS


Por Altamir Pinheiro


Hoje quarta-feira (16), a morte de Elvis Presley completa 40 anos, mas "O REI" continua sendo lembrado por milhões de fãs. Elvis foi ídolo mesmo entre os ídolos: quando os  quatro garotos de Liverpool, The Beatles,  viajaram aos Estados Unidos, só quiseram conhecê-lo. No dia 27 de agosto de 1965, Elvis e a banda inglesa The Beatles encontraram-se no âmbito doméstico, sem evidências, até agora, de qualquer produto áudio/visual relevante. A única imagem alusiva ao encontro de Elvis e Beatles é uma foto em que JOHN LENNON APARECE SAINDO DA CASA DE ELVIS. No documentário The Beatles Anthology, de 1996, os ex-beatles Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, confirmaram jamais terem tocado com Elvis, e que somente John Lennon o fizera. No mesmo documentário, RINGO comentou ter jogado futebol com Elvis.


Sua breve caminhada como roqueiro foi com a gravadora RCA em 1955, e um ano depois, teve o primeiro sucesso, "HEARTBREAK HOTEL", com o qual iniciou uma intensa carreira,  e depois ele ficou famoso com canções originais para o seu tempo, como "It's now or never", "In the ghetto", "Love me tender" e "Suspicious minds". Carreira esta abreviada pelas drogas. Na época, outros cantores já eram famosos, como por exemplo Frank Sinatra, mas o movimento de quadris de Elvis Presley conquistou o público. A dança dele não era permitida na televisão, que só o mostrava da cintura para cima, e alguns diziam que ele "desafiava a América pensante dos anos 50 e 60".


No tocante à carreira musical, o estilo de Elvis era contagiante e fazia admiradores em todas as faixas etárias e classes sociais, embora fosse condenado pelos conservadores, que o considerava um atentado aos bons costumes. Elvis dançava e requebrava com sua guitarra, num estilo empolgante e revolucionário para a época.    Presley também era conhecido na década de 50 pelo apelido ELVIS THE PELVIS, por sua maneira extravagante e ousada de dançar. Com uma potente voz, força interpretativa e estilo galã, foi um sucesso de público e se transformou em um dos ícones da cultura popular mundial.  Mesmo 40 anos depois da sua morte, ele é o artista solo com maior número de HITS nas paradas mundiais e recordista mundial em vendas de discos em todos os tempos, com mais de 2 bilhões de cópias vendidos em todo o mundo

Elvis é o pai de todos. Pai do rock. O cara que ousou tocar aquela música profana, ofensiva e agressiva. O único homem no mundo a vestir um conjunto de couro e ainda ficar estiloso. Presley denotava ou expressava elegância através de sua aparência, do seu comportamento pessoal no palco. O rei do rock expressava um estilo incomum fugia aos padrões considerados normais, para a época.

O precursor do topete, do twist e da calça justa. Se vivo, Elvis teria 82 anos. O terror das moçoilas, adultas e mulheres de todas as idades. Deixou mais seguidores do que qualquer outro ícone pop, já que um em cada dez americanos é imitador de Elvis. Ele deixou não apenas umas dezenas de músicas inesquecíveis, mas também a arte de ser um SHOWMAN e comandar um espetáculo com um estilo inigualável.


Há dez anos, Javier Márquez, autor do livro "ELVIS: CORAZÓN SOLITARIO", afirmou que "Elvis viveu sua vida de uma forma muito apaixonada, o que desperta a admiração de outros", diz o autor. Márquez afirma, porém, que o artista era muito diferente em público e em sua vida privada, quando se mostrava introvertido. Apesar do sucesso, Elvis não via sentido na vida. "O mito de Elvis tinha matado a pessoa antes de seu próprio falecimento", diz Márquez. Segundo ele, ainda, o cantor foi muito RELIGIOSO até o fim da vida, quando já consumia muitos remédios. A religiosidade o levava a buscar uma razão mais nobre para o que fazia, o que "CONTRASTAVA COM SUA SITUAÇÃO ARTÍSTICA REAL", afirma Márquez.


Para quem não sabe, MELVIS,  É onde mora há mais de dez anos, Alessandra Ferreira, uma professorinha brasileira que leciona história / geografia / inglês / português e nos manda notícias de lá. POIS BEM!!! Oficialmente a cidade é conhecida como Memphis, mas para os mais íntimos, é MELVIS. Os fãs de Elvis Presley sabem muito bem do que se trata ou o que está se falando. Memphis é uma parada obrigatória para saudar o cantor e ‘’ator’’ que ainda “VIVE” personificado por pessoas do mundo inteiro. Para quem gosta de estatística, MEMPHIS ou MELVIS é uma cidade relativamente jovem e está localizada a beira do rio Mississipi. Com uma população de aproximadamente 650 mil habitantes, é uma das principais cidades da região centro-sul e a maior do Estado do Tennessee à frente da capital Nashville, em que pese Memphis ser a capital do Blues. Como curiosidade, Martin Luther King, foi pastor protestante, ativista de direitos civis dos negros e ganhador do Premio Nobel da Paz em 1964. Em 1968, ele foi assassinado em Memphis.

Além da música, Elvis também atuou no cinema fazendo um estrondoso sucesso de bilheteria. Seus filmes eram recheados com canções de sucesso e levavam milhões de pessoas as telas de cinemas do mundo todo. Seu primeiro filme foi “Love me Tender” de 1956.   Os anos 70 não foram tão bons para o ídolo do rock, embora o sucesso continuasse a todo vapor. Enfrentou problemas pessoais, passou a aparecer poucas vezes em público, permanecendo grande parte do tempo em sua mansão.  Elvis Presley morreu em 16 de agosto de 1977(com apenas 42 anos de idade), em sua mansão na cidade de Memphis no Tennesse, de ataque cardíaco fulminante. Atribuem-se seus problemas de saúde, inclusive sua morte, ao uso exagerado de barbitúricos. Sua carreira musical durou 23 anos.  Hoje, 16 de agosto, faz 40 anos que Elvis Presley, o CAWBOY de Memphis, se encantou...


No tocante à carreira de ‘’estrela do cinema’’ é preciso que se diga o seguinte: o escritor Clair Huffaker é autor de excelentes roteiros como “Os Comancheiros”, “Rio Conchos” e o imperdível filme “Gigantes em Luta”, faroestes que recomendam plenamente o autor. O paulistano e pesquisador de filmes faroestes Darci Fonseca nos confirma que o primeiro roteiro que o bom escritor Huffaker fez para o CINEMA foi sobre a história “Estrela de Fogo” (Flaming Star), em 1960, dirigido por DON SIEGEL. Diretor este, que dispensa comentários. O projeto inicial era ambicioso e deveria ter Marlon Brando e Frank Sinatra como os principais protagonistas nesta película cinematográfica. Nem Frank nem Brando puderam fazer o filme e o empresário de Elvis Presley, estava atrás de um filme mais sério que mudasse um pouco a imagem do cantor. Elvis pretendia ter como ator o  mesmo respeito que possuía como cantor e “ESTRELA DE FOGO” parecia ter sido feito sob medida para iniciar a nova fase do Rei do Rock’n’Roll no cinema.

DON SIEGEL(faleceu vítima de câncer, em 1991 aos 79 anos) foi um dos mais respeitados entre os diretores do SEGUNDO ESCALÃO de Hollywood. Com orçamentos modestos fez inúmeros filmes excelentes. A partir de “Estrela de Fogo” a cotação de SIEGEL subiu sem parar e nos anos 60 e 70 ele passou a dirigir grandes produções com astros como Clint Eastwood (cinco vezes), Lee Marvin, Henry Fonda, Charles Bronson, Walter Matthau e foi diretor do último filme de John Wayne. A competência de Don Siegel é comprovada com o bom “Estrela de Fogo”, em que mescla cenas de grande dramaticidade com perfeitas sequências de ação. E o maior mérito de Don Siegel é ter conseguido extrair de Elvis uma atuação que pode ser chamada de aceitável. Muitos consideram esta a melhor interpretação de Elvis como ator, o que não quer dizer praticamente nada diante da mediocridade que foi sua carreira no cinema. Agora, ESTRELA DE FOGO(1960)  é considerado o melhor filme de Elvis junto com o também faroeste LOVE ME TENDER(1956). Porém, seu maior momento cinematográfico foi o razoável filme FLAMING STAR  (Estrela de Fogo). Dentre os 16 filmes em que ele foi protagonista, ESTRELA DE FOGO  é uma fita senão magistral, mas bastante razoável. Bem dirigida, bem interpretada e bem argumentada por seu roteirista. E a direção magistral de Don Siegel é também um filme muito bem fotografado e repleto de tudo que o mais exigente espectador deseja ver em um filme.


O rei do rock atuou em três filmes de bang bang: Love Me Tender(ama-me com ternura - 1956), sendo que  foi o seu primeiro trabalho em Hollywood, de uma média sequência de filmes que iria estrelar até 1969. Neste filme ele estava com apenas 22 anos; Flaming Star  (Estrela de Fogo – 1960), Com a idade de 25, sendo esse o seu melhor filme de cawboy. Estrelou o faroeste  CHARRO em 1969, aos 34 anos de idade. A paciência do seu empresário Parker durou apenas mais um filme (“Coração Rebelde”, de 1961) após o que ele obrigou Elvis a voltar para as comédias insonsas. Em 1969 um Elvis Presley fortemente influenciado pelos anti-heróis dos spaghetti-westerns atuou em “CHARRO”, em tudo inferior a seu maior momento cinematográfico que foi “Estrela de Fogo”.


Por fim, às 2 horas da tarde do azarado mês de agosto de 1977(há 40 anos), no banheiro da mansão GRACELAND, no Tennessee, o coração de Elvis parou de bater. O cantor/‘‘ator’’ foi encontrado por sua noiva - na época, Ginger Alden, em frente ao vaso sanitário, de barriga para baixo e calças arriadas. A causa oficial foi arritmia cardíaca, uma condição que só pode ser identificada em pessoas vivas. Por outro lado, a família Presley possuía um histórico de doenças coronárias. Em sua autopsia, foram encontrados 15 medicamentos diferentes em seu corpo, dos quais 10, em quantidades perigosas (dez vezes a quantidade terapêutica do anestésico codeína, à base de morfina). Quando os paramédicos chegaram, o corpo já estava ficando azul e frio. No caminho para o Baptist Memorial Hospital, tentou-se sem sucesso uma reanimação, afinal "ERA O ELVIS". Ele foi declarado morto às 15:16, sem qualquer investigação na mansão, fotos do banheiro ou consideração pelo fato de que ele tomava remédios como se fossem garapa...

Assista ao vídeo de 10 minutos daquele que se tornou o REI DO ROCK e mudou toda uma geração. A reportagem trata do dia de sua  morte, logo após o sepultamento  em Memphis, e uma canja de sua última canção cantada em vida, quando ele se despede do palco e nunca mais o REI DO ROCK foi visto em público


https://www.youtube.com/watch?v=EYbImr8SWio

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A CORRUPÇÃO DA BOLIVARIANA DO PT





A senadora Gleisi Hoffmann não é apenas a representante legal do Partido dos Trabalhadores – enquanto presidente da legenda da estrela rubra. Gleisi é hoje o retrato mais bem acabado do fosso profundo em que se embrenhou a sigla. Como irmãos siameses, ambos podem ser facilmente confundidos. Cordeiro só na epiderme de porcelana, Gleisi é como o PT dos últimos tempos: posa de tolerante, mas nunca apresentou-se tão autoritária. Finge-se de democrata, mas não hesita em franquear apoio a ditaduras – como a instaurada por Nicolás Maduro, na Venezuela. Alega ser vítima de perseguição política, mas é quem melhor encarna o papel de algoz de parcela dos brasileiros. Arvora-se paladina da ética, mas é constantemente flagrada com as mãos sujas da corrupção. É a tal cegueira mental de que falava José Saramago: consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que for suscetível de servir aos seus interesses.

Na última semana, a Polícia Federal concluiu um contundente relatório em que imputa a Gleisi os crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. O relatório congrega laudos técnicos, registros de telefonemas, planilhas e trechos de delações de executivos da Odebrecht e de sócios de uma agência de publicidade da qual a petista se valeu para receber propina. A partir dos documentos é possível traçar o caminho do dinheiro até Gleisi Hoffmann. Uma das planilhas em poder da PF indica as datas de oito pagamentos de R$ 500 mil cada para a campanha de “Coxa” ao Senado em 2014. Segundo a delegada Graziela Machado “existem elementos suficiente a confirmar que o codinome Coxa se refere a Gleisi Helena Hoffmann”. O esquema envolveu também o Ministro do Planejamento no governo Lula e das Comunicações no governo Dilma, Paulo Bernardo – marido de Gleisi e que chegou a preso por desviar recursos de empréstimos concedidos a servidores públicos aposentados. O conjunto de desembolsos à petista perfaz um total de R$ 4 milhões, mas os colaboradores chegaram a mencionar repasses de R$ 5 milhões apenas no ano de 2014.

A apuração começou em fevereiro de 2016, quando a PF apreendeu documentos na residência de Maria Lúcia Tavares, secretária do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o já famoso departamento de propinas da empresa. Em dezembro do ano passado, três executivos da Odebrecht detalharam as anotações apreendidas pela PF e as mensagens de correio eletrônico relacionadas a Gleisi e ao codinome “Coxa”: o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, o da unidade infraestrutura, Benedicto Júnior, e o diretor da empresa na região Sul, Valter Lana. Segundo a PGR, o trio narrou “diversos repasses financeiros” nos anos eleitorais de 2008, 2010 e 2014, por solicitação direta de Paulo Bernardo. De acordo com Odebrecht, o acerto para pagar Gleisi passou pelas mãos do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, hoje preso em Curitiba.


O advogado do casal Rodrigo Mudrovitsch disse à ISTOÉ que as informações levantadas “não autorizam” as conclusões dos investigadores. A PF, no entanto, é taxativa: “Há elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora, seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol e seu marido, Paulo Bernardo da Silva. Os autos também comprovam que a parlamentar e seu marido, juntamente com Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luiz Arruda Lana, foram responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral”. Agora, o destino de Gleisi está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, a quem caberá pedir ou não seu indiciamento ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin.



Espelho de um PT que deixou as bandeiras históricas de lado para enveredar pelo caminho da indigência moral, Gleisi é alvo da Lava Jato desde os primórdios da investigação. Na ocasião, os policiais descobriram que ela recebera R$ 1 milhão em propinas desviadas da estatal. Para emitir sua versão sobre esse processo em particular, no qual é ré, a senadora será interrogada pela Justiça no próximo dia 28, ao lado do marido Paulo Bernardo. É possível que o julgamento ocorra ainda este ano. O dinheiro, neste caso, foi repassado por doleiros. Seria apenas o fio de um extenso novelo que implicava o até então casal mais influente da Esplanada. A propina era desviada para um escritório de advocacia de Curitiba por meio de uma operação dissimulada: a Consist, empresa originalmente de software, fazia de conta que pagava pelos serviços advocatícios e, sem deixar digitais, os advogados bancavam as despesas do casal. Um dos sócios, o advogado Sasha Reck, depois de acusado de envolvimento na falcatrua, resolveu se mexer. Encomendou uma auditoria independente nas contas do escritório e descobriu aquilo que a Polícia Federal não levaria muito tempo para entender: o contrato de serviços jurídicos com a Consist era de fachada. A empresa também operou no Ministério do Planejamento e irrigou as contas do PT, por meio do ex-tesoureiro João Vaccari — razão pela qual Bernardo amargou seis dias na prisão, em 2016.



“O PT manifesta seu apoio e solidariedade ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente Maduro, frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”

“Gostando-se ou não de Maduro, ele tem legitimidade, foi eleito na urna, o que não é o caso de quem governa o Brasil”

“Temos a expectativa que a Assembléia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”
“A vitória da Assembleia Constituinte demonstra claramente que é possível enfrentar e derrotar as novas táticas eleitorais e golpistas da direita”

“No Brasil também defendemos uma Constituinte para implantar as reformas”
Como é possível notar, Gleisi e PT sempre tiveram tudo a ver. Hoje, suas conveniências entrelaçam-se mais do que nunca. Em junho, Gleisi conquistou a presidência do partido com 60% dos votos dos delegados. Em sua primeira declaração, disse que o partido não iria fazer autocrítica de seus atos escabrosos “porque não contribuiria para fortalecer o discurso dos adversários”. “Não somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando os erros que achamos para que a burguesia e a direita explorem nossa imagem”, discursou Gleisi. Em seguida, na mesma toada de seu padrinho mais ilustre, o ex-presidente Lula, a senadora petista passou a dourar outra narrativa: a de vítima. Foi para exercitá-la que “Coxa” foi guindada ao posto também com a bênção de José Dirceu. Em recente reunião em sua residência, o ex-capitão do time de Lula assim classificou a petista: “Ela é orgânica e focada”.

Além de se esgueirar dos avanços da PF sobre ela, o foco da presidente petista, ultimamente, consiste em tecer loas ao regime ditatorial de Nicolás Maduro, na Venezuela. No PT, a senadora é quem entoa com mais vigor o discurso pró-Maduro. Desde o início da repressão, Gleisi deu toda sorte de demonstrações de solidariedade ao governo venezuelano. No último Congresso do PT, por exemplo, recebeu uma delegação da embaixada venezuelana. Presente ao evento, o ex-presidente Lula não mencionou o tema, como era aguardado, uma vez que na campanha eleitoral ele havia gravado um vídeo em favor de Maduro. Razão: ele e outros petistas seriam contra a Constituinte, em dissonância com o que tem pregado Gleisi. No partido, no entanto, há quem diga tratar-se de uma estratégia. Enquanto Lula é poupado da exposição a um tema para lá de delicado, caberia a presidente do PT, por assim dizer, o “serviço sujo” — o qual ela pratica com convicção e impressionante entusiasmo.

PT ajudou a bancar a ditadura de Maduro

De 2006 a 2014, os governos de Lula e Dilma financiaram, por meio do BNDES, importantes projetos na Venezuela



Sem segredo

Ao abrir o 23º encontro do Foro de São Paulo, dia 16 na Nicarágua, a presidente do PT declarou, em nome do partido, apoio ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela. “O PT manifesta o seu apoio e solidariedade ao PSUV, seus aliados, e ao presidente Nicolás Maduro, frente à violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela. Temos a expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”, disse. O endosso da Constituinte feito por Gleisi carrega um outro significado: escancara o desejo irrefreável do PT de executar um programa bolivariano no País. Nos 13 anos em que esteve no poder foram inúmeras as tentativas de aplicá-lo, sem sucesso devido à solidez de nossas instituições. Mas o programa de censura a meios de comunicação e perseguição a adversários políticos, caso o partido retorne ao poder, já não constitui mais um segredo de polichinelo no PT, a julgar pelos recentes discursos de Lula.

Independentemente das reais intenções, o apoio à ditadura de Maduro representa, sem sombra de dúvida, a página mais vergonhosa da história do Partido dos Trabalhadores e, consequentemente, de Gleisi. O que se vê por lá é uma catástrofe humanitária sem precedentes. Os números são eloquentes, por desoladores. Em quatro Estados daquele País, a desnutrição infantil já alcança 20% das crianças com menos cinco anos de idade. O País amarga ainda a segunda maior taxa de homicídios do mundo. O índice de assassinatos em Caracas é 14 vezes maior que o de São Paulo, por exemplo. A inflação projetada para este ano é de 2.200%. Para se manter a qualquer custo no poder, Maduro apela para a violência extrema. Só nas últimas semanas, a guerra civil conflagrada no País deixou um saldo de mais de 100 mortes. É para ele que Gleisi bate palmas. Para justificar essa cumplicidade, os petistas, Gleisi à frente, praticam uma desonestidade intelectual: cada denúncia contra o regime é encarada como parte de uma campanha da CIA ou da imprensa “golpista”. Nada mais falso. São os órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos, nos quais se escudaram a esquerda latino-americana no passado, quem mais apontam para os descalabros venezuelanos. “Na Venezuela toda a gama de direitos humanos é violentada. Direitos econômicos, sociais, culturais. As liberdades fundamentais, o direito à associação, a liberdade de expressão. Está havendo um contexto repressivo e militarizado diante das demonstrações de descontentamento social, no qual, além disso, são feitas detenções arbitrárias como ferramenta de controle, de calar as vozes da dissidência”, afirmou recentemente Erika Rivas, diretora da Anistia Internacional para as Américas.

Não foram apenas as afinidades eletivas que levaram Gleisi a alcançar a presidência do PT. A senadora se cacifou para assumir o partido quando passou a adotar a postura de líder da tropa de choque de Lula e Dilma no Senado. Na verdade, começava ali a manchar publicamente a própria biografia. Depois do impeachment, para deleite do petismo, ela transformou sua atividade parlamentar em sinônimo da política do quanto pior melhor, promovendo uma oposição inconsequente que em nada contribui para o avanço do País. A postura da presidente do PT ecoou entre os eleitores. Recentemente, Gleisi conversava com um jornalista quando foi abordada por uma cidadã: “Oi, Gleisi, você já está preparada para ser presa?”, perguntou. Ao que a petista replicou com uma resposta atravessada. “Não, querida, mas você pode ir”. Resultado: abriu o flanco para tomar outra invertida. “Eu não. A bandida aqui não sou eu”, sapecou a mulher. O diálogo foi gravado e viralizou nas redes sociais. Internamente no partido, a atitude intempestiva da senadora não foi bem recebida. Houve quem recomendasse recato, no momento em que a sigla experimenta a maior crise de sua história. Ela não aquiesceu.

O PT a conhece bem

Outro motivo de desgaste interno é a maneira imprudente, para dizer o mínimo, com que Gleisi sempre escolheu seus assessores mais próximos. Seu mais lamentável intento foi nomear Eduardo Gaievski (PT/PR) para trabalhar no gabinete contíguo o da presidente deposta Dilma Rousseff (PT), quando ela era ministra da Casa Civil. E, pasme, como responsável pelas políticas da Presidência para Jovens e Adolescentes. Gaievski não tem currículo. Ostenta uma ficha corrida de dar calafrios. Hoje ele é acusado de crimes sexuais, sendo a maior parte deles contra menores. Na sequência, Gleisi escolheu o deputado André Vargas (PT/PR) para chefiar sua campanha ao governo do Paraná, para depois ter de afastá-lo pelo envolvimento com o doleiro Alberto Youssef e o ex-Diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em fraudes investigadas pela PF. A petista não pode alegar que desconhecia a face mais obscura de Vargas. Em 1998, ele foi indiciado por desvio de R$ 14 milhões da Prefeitura de Londrina (PR) para abastecer o caixa 2 da campanha a deputado do seu marido Paulo Bernardo. Na verdade, ela o conhecia muito bem. E era por isso que ele estava lá. É como ela própria, Gleisi: é por conhecê-la a fundo que o PT a alçou ao comando máximo da legenda.

Os malfeitos de Gleisi

– A senadora Gleisi Hoffmann é investigada no STF por ter recebido R$ 1 milhão em propinas da Odebrecht para sua campanha ao Senado em 2010
– No próximo dia 28, ao lado do marido Paulo Bernardo, Gleisi estará sentada no banco dos réus para dar sua versão sobre o caso
– O dinheiro era repassado a Gleisi por doleiros. A propina era desviada por um escritório de advocacia de Curitiba
– O casal Gleisi e Paulo Bernardo usava a empresa de software Consist para simular o pagamento de serviços advocatícios. Na verdade, era por meio dela que o casal tinha suas contas pessoais bancadas. A Consist também mantinha polpudos contratos com o Ministério do Planejamento, comandado por Paulo Bernardo durante o governo Dilma
– No departamento de propinas da Odebrecht foram encontradas planilhas de três repasses de R$ 150 mil cada, no total de R$ 450 mil, feitos à Coxa, o codinome de Gleisi. Os pagamentos foram feitos entre 2008 e 2010
– A senadora está sendo julgada na Comissão de Ética do Senado por quebra de decoro, ao invadir a mesa diretora do Senado, em 11 de julho deste ano. - Transcrito da Revista Isto É -via jbf -

O BRASIL PECISA DE GESTOR E NÃO DE POLÍTICOS  


  




Magno Martins


Cria do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito da capital paulista, JOÃO DÓRIA, também de linhagem tucana, é mais um caso da velha política em que a criatura se rebela contra o criador. Picado pela mosca azul, o aspirante palaciano resolveu antecipar a briga interna no partido com o próprio Alckmin empreendendo uma maratona de viagens pelo País.

Ontem, em Tocantins, foi recebido aos gritos de “PRESIDENTE”. Posso até estar errado, mas Dória é a cara da elite paulistana, encarna a imagem dos empresários gulosos da poderosa Fiesp. É tudo que o ex-presidente Lula deseja como adversário. A própria cara dele remete a um almofadinha. Fala uma linguagem distante do povão, sem apelo, sem eco nas almas que engrossam as filas abaixo da linha de pobreza no País.

Embora na linguagem convencional seja uma espécie de picolé de chuchu, sem gosto e sem apelo, o governador Geraldo Alckmin tem uma trajetória de sucesso como gestor público. Ninguém governa por quatro vezes o maior Estado do País se não tiver uma longa folha de serviços prestados, ações voltadas para a grande maioria da população. Tanto isso é verdade que a própria vitória de Doria, no primeiro turno frente a Fernando Haddad, é fruto do apelo do seu Governo bem aprovado.

DORIA ESTÁ NA ESTRADA, LONGE DO SEU GABINETE EM SÃO PAULO, PORQUE EXISTE UM VÁCUO NA CENA ELEITORAL DE 2018 DIANTE DO TAMANHO ESTRAGO PROVOCADO PELA LAJA JATO E, CONSEQUENTEMENTE, O DESERTO DE NOVAS LIDERANÇAS, CAPAZES DE GERAR NA SOCIEDADE CONFIANÇA E ESPERANÇA. MAS TODO MUNDO TEM O DIREITO DE SONHAR. QUEM NÃO SONHA, PERDE A RAZÃO DE VIVER.

Difícil, entretanto, será Doria convencer de que sua postulação não está remetida à traição ao projeto do seu criador, que tem muito mais chão e envergadura. Tem uma frase do Padre Fábio de Melo que se aplica perfeitamente a esta situação que Alckmin administra com o prefeito carimbado pelo seu poder em São Paulo: “Traição é igual a um consórcio: um dia você será contemplado”. Que o governador paulista possa despertar, antes que seja tarde. -  A manchete e as imagens não fazem parte do texto original -



PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - O EXCELENTE PREFEITO DE SÃO PAULO, JOÃO DORIA, CARREGA A FAMA DE ÓTIMO GESTOR PÚBLICO PAUTADO PELA ÉTICA E PELA EFICIÊNCIA. EM 2018, DORIA  SERÁ O DESTRUIDOR DE VAGABUNDOS DO PT!!!



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

LULA VOLTA A DIZER BESTEIRAS...





O ex-presidente Lula participou na última sexta-feira (11) de um ato “em defesa do estado democrático de direito” na Universidade Federal do Rio de Janeiro ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff e de militantes de esquerda. Mais uma vez, o ex-presidente disse uma SÉRIE DE BOBAGENS sobre o processo em que foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Confira: “SE UM JUIZ QUER VOTAR DE ACORDO COM A OPINIÃO PÚBLICA, QUE ELE MESMO ESTÁ AJUDANDO A CONSTRUIR POR MEIO DA IMPRENSA, POIS ENTÃO QUE LARGUE A SUA TOGA E VÁ SER DEPUTADO ESTADUAL OU FEDERAL”. “NENHUM RÉU PODE ESTAR ACIMA DA LEI, MAS TAMBÉM NENHUM JUIZ ESTÁ ACIMA DA LEI”. “ELES (SEUS ADVERSÁRIOS) TÊM QUE TRABALHAR MUITO PARA NÃO DEIXAR QUE EU VOLTE A SER CANDIDATO. PORQUE, SE EU FOR CANDIDATO, VOU GANHAR (A ELEIÇÃO) E FAZER A REGULAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO BRASIL”. “QUE DIREITO TEM UM JUIZ DE CONTAR UMA MENTIRA E DIZER QUE EU ROUBEI? SE ELES TÊM CORAGEM DE DIZER QUE EU ROUBEI, EU TENHO CORAGEM DE DIZER QUE ELES TALVEZ TENHAM FEITO COISA PIOR”. “SE O MINISTÉRIO PÚBLICO E A POLÍCIA FEDERAL PROVAREM UM REAL MEU QUE NÃO TENHA SIDO GANHO HONESTAMENTE, EU VOLTO AQUI E PEÇO DESCULPAS. TENHO CONSCIÊNCIA DE QUE O JUIZ SÉRGIO MORO NÃO É MAIS HONESTO QUE EU. EU NÃO TENHO QUE PROVAR MINHA INOCÊNCIA, ELES É QUE TÊM QUE PROVAR A MINHA CULPA”. “O que eles não se conformam é que a gente criou um programa chamado Minha Casa, Minha Vida e deu casa própria para o povo. Eles não se conformam que nós criamos o ProUni e colocamos mais de 2 milhões de jovens na universidade. O que eles não se conformam é que nós colocamos o jovem pobre para estudar. Querem nos condenar porque fizemos 472 escolas técnicas, enquanto eles só fizeram 140”. COM ESSE TIPO DE DISCURSO, É DIFÍCIL O EX-PRESIDENTE VOLTAR AO PALÁCIO DO PLANALTO PORQUE NÃO CONVENCE NINGUÉM. texvo gentilmenve roubado Lá  no blog de Inaldo Sampaio -

domingo, 13 de agosto de 2017

PRIMAVERA BURRA


Guilherme Fiúza

A tal denúncia redentora contra o presidente foi feita pelo procurador-­geral da República, Rodrigo Janot – um personagem do qual você ainda vai ouvir falar muito. Janot é herdeiro do sucesso da Operação Lava Jato, um arrastão virtuoso contra a corrupção montada no coração do Estado brasileiro pelo PT. O detalhe é que esse mesmo procurador-geral protegeu quanto pôde os maiores caciques desse mesmo PT contra essa mesma Lava Jato – conseguindo, por exemplo, a façanha de evitar que a investigação de Dilma Rousseff fosse autorizada no exercício do mandato presidencial, quando uma torrente de evidências do petrolão apontava sua responsabilidade nos movimentos da quadrilha.

Já quanto a Michel Temer, Janot produziu uma denúncia em tempo recorde, a partir de uma delação obscura do tubarão das carnes anabolizado pelo BNDES de Lula – aquele que nomeou o procurador, sendo devidamente refrescado por ele enquanto pôde.

Na tese bombástica de Joesley Batista, abraçada instantaneamente por Janot sem a devida participação da Polícia Federal ou mesmo da força-tarefa da Lava Jato, Temer é o chefão de toda a quadrilha – “a mais perigosa do país”, nas palavras dramáticas do açougueiro encampadas por Janot. Naturalmente o Brasil que ainda tem algum juízo não caiu nessa – porque acreditar que aquele vice obscuro e decorativo de Dilma mandava e desmandava em Lula, Dirceu e companhia era um pouco demais. No entanto, essa literatura malpassada e gordurosa foi homologada, também em tempo recorde, pelo companheiro Edson Fachin – ministro do STF que subia em palanques eleitorais de Dilma Rousseff, a presidente afastada.

Pois bem: nessa denúncia que despertou o gigante para o brado cívico dos 342 votos contra o mordomo do mal, está escrito que Temer patrocinou um “cala a boca” a Eduardo Cunha, o Darth Vader do PMDB. O detalhe é que não há sequer vestígios demonstrando o tal patrocínio, apenas uma interpretação livre e imaginativa do companheiro Janot. Você ainda vai ouvir falar muito dele.

A denúncia fatídica também traz a alegação de que Temer levou grana para mandar o Cade favorecer a JBS, do companheiro Joesley. Com outro pequeno detalhe tríplice: o suborno ao intermediário de Temer resultaria mais caro que a vantagem a ser obtida (!); a “operação controlada” misteriosamente não seguiu o dinheiro até Temer; e o Cade (oh, não!) recusou a vantagem pretendida pela JBS...

Essa é a denúncia histórica que mobilizou o gigante pela nova campanha da moralidade no país. Como pano de fundo, temos o governo intrigante do mordomo, que enxotou todos os ladrões da Petrobras bancando na presidência da empresa um executivo que não transige com falcatrua. Medida estranha para um chefão supremo de quadrilha. Enquanto isso, o ex-presidente da empresa que obedecia ao PT é preso pela Lava Jato.

Vá montando o quebra-cabeça aí, querido gigante. Aliás, seu último grande despertar foi em junho de 2013, na chamada Primavera Burra – que não fez nem cócegas no governo que estava arrancando as suas calças. Quer saber? Durma bem, gigante!



sábado, 12 de agosto de 2017

LEONARDO DICAPRIO, O REGRESSO DO CAWBOY


Por Altamir Pinheiro


De um modo geral, tudo que o brasileiro sabe sobre Leonardo DiCaprio é que ele teve um relacionamento com a modelo brasileira Gisele Bündchen e fez muito sucesso como protagonista de “TITANIC”. Na verdade, pouca gente sabe que ele  possui o mesmo pantim ou frescura do rei Robero Carlos, pois DiCaprio sofre de TOC, transtorno obsessivo compulsivo. Também possui o mesmo pantim da eterna presidenciável Marina Silva, por ser  ferrenho defensor das florestas. Como ambientalista engajado, ele criou uma fundação com seu nome para apoiar ações sustentáveis. O ator também é membro das associações Natural Resources Defens e Global Green USA e ajudou a produzir o documentário “A ÚLTIMA HORA”, que trata das mudanças climáticas. De resto, Fora do cinema, Leonardo é engajado em causas sociais. Faz questão de ajudar financeiramente  crianças em Moçambique e colaborou e muito com donativos para  com as vítimas do terremoto no Haiti.


No campo cinematográfico, dos filmes de bang bang que DiCaprio participou, RÁPIDA E MORTAL  é um Western de grande orçamento e elenco de estrelas, encabeçado por SHARON STONE. A sinopse nos mostra que há muito Humor e violência no estilo dos quadrinhos. Sharon é Ellen, mulher misteriosa que chega ao lugarejo armada até os dentes e doida por vingança. Ela quer matar o poderoso Harold (Gene Hackman) que tornou sua vida um inferno. E um DUELO entre os dois é o ponto alto do filme que reúne todos os personagens e situações típicos do gênero. E como protagonistas destaques para Leonardo DiCaprio(com apenas 22 anos) e Woody Strode. Este faroeste tem duas preciosas curiosidades. A primeira é que,  SHARON STONE pagou o salário de Leonardo DiCaprio de seu próprio cachê, para que ele pudesse ser incluído no elenco. Quanto  à segunda, lamentavelmente,  foi o último filme do extraordinário negão Woody Strode.


 No ano de 2012, o polêmico diretor Quentin Tarantino filmou DJANGO LIVRE(Django Unchained), O elenco all-star de “Django Unchained” reúne os galãs na telona o NEGÃO JAMIE FOXX como o Django Negro e Leonardo Di Caprio. Conforme nos confirma o cineclubista  Darci Fonseca, O western de Tarantino foi filmado nas conhecidas locações de Alabama Hills, onde cavalgaram astros da Republic Pictures como Roy Rogers, Rocky Lane, Rex Allen e também muitos outros mocinhos como Randolph Scott, Audie Murphy e Rod Cameron. A história de “Django Unchained ou DJANGO LIVRE” fala de um escravo que após ser libertado torna-se caçador de recompensas e sai em busca de sua esposa que está na companhia de um latifundiário no Mississippi.

O filme DJANGO LIVRE que  tem uma longa duração de 2h.45m, não deixa de contar com homenagens de Tarantino aos spaghetti western, como a bem-vinda presença do ATOR ITALIANO FRANCO NERO(75 anos), o primeiro Django do cinema, além das marcas registradas do cineasta, como sequências extremamente violentas, diálogos ácidos e engraçados e uma trilha sonora impecável. "Django Livre" mostra que Quentin Tarantino refina, a cada filme, seu modo particular de contar histórias. Desde já, um clássico. Porem, o CALO do filme diz respeito ao tema explorado pelo diretor  Tarantino: ESCRAVIDÃO... O fato é que falar de escravidão nos Estados Unidos é mexer num vespeiro. As questões raciais permanecem um tema delicado e, por causa de Tarantino, o assunto voltou a ser debatido na mídia norte-americana. De acordo com o cineasta, a preocupação em encenar o cotidiano dos escravos com atores locais só passou após uma conversa com SIDNEY POITIER, o primeiro artista negro a ganhar um Oscar. Na ocasião, Poitier disse ao diretor que ele "NÃO PODERIA TER MEDO DO PRÓPRIO FILME".


O mais novo filme de faroeste estrelado por Leonardo DiCaprio, chama-se O REGRESSO. O filme traz o ator cinco vezes indicado ao Oscar no papel de um  guarda de fronteiras. A trama narra uma história real ambientada no velho oeste dos Estados Unidos no início do século 19. O trabalho do diretor Alejandro Gonzalez é chumbo grosso, duro na queda e muito violento. Recebeu a classificação indicativa R nos Estados Unidos, o que significa que o filme É PROIBIDO para menores de 17 anos desacompanhados dos pais ou responsáveis. Trata-se da segunda maior restrição possível que um filme pode receber, atrás apenas da classificação NC-17 (proibido para qualquer menor de 17 anos), geralmente reservada para filmes adultos.


Em 2016, no auge dos seus 41 anos com inúmeros filmes memoráveis, pois com o violento faroeste/aventura O REGRESSO,  DiCaprio, finalmente, saiu como o vencedor do Oscar de melhor ator. Ele nunca tinha conseguido levar a estatueta de melhor ator, apesar de ter sido indicado por 5 vezes. Faltava O REGRESSO na vida dele. O filme que levou o Oscar de melhor fotografia e melhor diretor deu o inédito Oscar para Leonardo DiCaprio, por sinal merecidíssimo. Uma das melhores atuações do DiCaprio em toda sua história no cinema. Filme Fantástico, maravilhoso, forte, obra prima, bem dirigido, bem fotografado. Inspirado em eventos reais, o filme prende o espectador do inicio até o fim. A cena de DiCaprio enfrentando o urso cinzento deixa a plateia completamente paralisada, em choque, é muito forte. Destaque para as expressões faciais apavorantes deste bom ator que  é de uma maestria espetacular, donde, sem perceber quem assiste ao filme começa a viver o personagem.


 Assista ao vídeo de apenas 3 minutos daquele momento mágico que todos esperavam e finalmente aconteceu. Leonardo DiCaprio venceu seu primeiro Oscar em 2016, por sua atuação como o protagonista de "O REGRESSO". Esta foi a quinta indicação por atuação que o ator recebeu - a primeira aconteceu em 1994, por seu papel de coadjuvante em "Gilbert Grape: aprendiz de sonhador". Ele também foi indicado como melhor ator por papéis em "O aviador" (2004), "Diamante de sangue" (2006) e "O lobo de Wall Street" (2013).


https://www.youtube.com/watch?v=1aKIG6TcpV8