quinta-feira, 2 de março de 2017

O BOBO DA CORTE FEZ OBRAS QUE NÃO PEDIU, ACEITOU SÓ PARA DAR PROPINA À GANG DO PT



Cláudio Humberto


Marcelo Odebrecht disse em depoimento à Justiça Eleitoral, nesta quarta-feira (1), que se sentia o "BOBO DA CORTE" do governo federal, tendo sido obrigado a entrar em projetos que não desejava e a bancar repasses às campanhas eleitorais sem receber as contrapartidas que julgava necessárias. "EU NÃO ERA O DONO DO GOVERNO, EU ERA O OTÁRIO DO GOVERNO. EU ERA O BOBO DA CORTE DO GOVERNO", disse Marcelo. No depoimento, Odebrecht falou ainda sobre a "naturalidade" do caixa 2 em campanha eleitoral, defendeu a legalização do lobby e deixou claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. O caixa 2, segundo ele, envolve pagamento de propinas. Marcelo foi preso em junho de 2015, no âmbito da Operção Lava Jato, acertou delação premiada, e deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano. Ele também se mostrou incomodado por divergências com seu pai, presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, quanto a projetos em que a empresa apoiava o governo. O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma e Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.


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