segunda-feira, 20 de maio de 2013

O BOLSA ESMOLA É IMEXÍVEL...


 


OS PETRALHAS SÃO SABOTADORES, BOATEIROS E PALANQUEIROS.

 
Ricardo Noblat

Ou o governo apresenta quem espalhou o boato sobre o fim do Bolsa Família ou o que quer que diga a respeito de suposta autoria não passa de grossa leviandade. Outro dia, Dilma Rousseff afirmou que para ganhar eleição se faz o diabo. Ela está em campanha, antecipada por Lula a seu pedido. E o diabo começou a ser feito. Gilberto Carvalho, também ministro, referiu-se a 2013 como o ano que o bicho iria pegar. Está pegando pelo visto. Como num dia o governo pode acionar a Polícia Federal para investigar a autoria do boato e no dia seguinte, pela boca de um dos seus 39 ministros, e sem apresentar provas, atribuir a autoria do boato à oposição? Quem se comporta assim não é sério - nem o governo que emprega a ministra, nem a ministra que resolveu irresponsavelmente culpar a oposição pelo boato. Na verdade, A quem interessa o boato sobre o fim do mais importante programa social do governo, o Bolsa Família, responsável por um expressivo percentual de votos amealhado por Lula em 2006 e Dilma em 2010? À oposição não interessa. Simplesmente por não ser verdade, o que daria ensejo ao governo para desmentir com veemência, como o fez. Se fosse verdade, a oposição denunciaria o fim do programa como um ato de desumanidade do PT e se apropriaria dele. Prometeria mantê-lo caso chegasse ao poder. Se por qualquer motivo o governo enxergasse a necessidade de reafirmar que o Bolsa Família é imexível, o boato somente o beneficiaria. E o boateiro, caso fosse identificado, não mereceria cadeia, mas uma condecoração concedida por Dilma às escondidas. Por que não se investiga uma eventual falha no sistema de pagamento do programa? Digamos que no sábado, em João Pessoa, algum freguês do programa resolveu sacar dinheiro no dia que não era para sacar. Ao tentar, conseguiu. Espalhou-se então a notícia com o viés de que o dinheiro estava sendo liberado antes do tempo por que em breve o programa seria extinto. Ontem, gerentes do programa em dois Estados admitiram que isso pode ter acontecido, sim. Longe de mim insinuar que o boato foi uma ação de marketing do governo. Não tenho vocação para ministro de Dilma.
 
 
 

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