terça-feira, 1 de novembro de 2011

"A DEMOCRACIA DOS PETRALHASL É RELATIVA, MAS A CORRUPÇÃO É ABSOLUTA".



A SAFADEZA NÃO TEM IDEOLOGIA, MAS A DEFESA DA SAFADEZA TEM


Por Reinaldo Azevedo

Vocês acompanharam a reação da canalhada do PT a soldo, que pratica aquela sordidez que pretende chamar de jornalismo. A reportagem da VEJA, diziam os vagabundos, não passava de uma conspiração para derrubar Orlando Silva. Tudo seria uma grande armação reacionária contra esses notáveis revolucionários do PCdoB. Taí. O ministro foi demitido. MAS NÃO FOI DEMITIDO PORQUE A “VEJA” QUIS. FOI DEMITIDO POR SEUS ATOS À FRENTE DO MINISTÉRIO. Como bem disse Orlando Silva, quem nomeia e demite ministros é a presidente Dilma Rousseff. A VEJA, como imprensa que se preza, faz o seu trabalho. Conta ao leitor aquilo que sabe desde que diga respeito ao interesse público. Mas a revista também tem seus gostos, suas preferências, sim. Gosta de aplaudir, por exemplo, a boa governança; gosta de elogiar as iniciativas que levem à eficiência do serviço público; gosta das práticas que modernizam o estado; gosta das decisões de governo que se pautem pela responsabilidade fiscal e que repudiem a demagogia. Prefere, em suma, o Brasil que respeita a população àquele que concorre para a sua pobreza. A corrupção surrupia dos brasileiros, estima-se, R$ 85 bilhões por ano. Ninguém em sã consciência e de peito aberto defende a SAFADEZA, A SUJEIRA, O MALFEITO, A PILANTRAGEM. Mas é preciso tomar cuidado com um tipo nem tão novo de corrupto, mas hoje muito influente: O CORRUPTO COM PEDIGREE IDEOLÓGICO. Nas vezes em que VEJA noticiou malandragens praticadas por representantes de partidos ditos “CONSERVADORES” ou “DE DIREITA” — e foram tantas em 43 anos! —, nunca se acusou a revista de participar de algum complô ou de ter alguma intenção sub-reptícia. Basta que a denúncia atinja, no entanto, um medalhão da esquerda — ainda que seja essa esquerda que está aí: mais dinheirista do que propriamente ideológica —, então surgem os justificadores da ladroagem, tentando revesti-la de resistência democrática. Não falo em nome da revista. Não tenho mandato pra isso. Falo em nome de uma cultura, que distingue o interesse público do interesse privado. VEJA continuará a aplaudir as iniciativas dos governos e dos governantes em favor do Brasil e dos brasileiros e continuará a denunciar aqueles que, sob o pretexto de defender o bem público, lutam apenas em favor de seus próprios interesses. A SAFADEZA, ESTÁ PROVADO, NÃO TEM IDEOLOGIA. MAS A DEFESA DA SAFADEZA TEM.


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