terça-feira, 9 de agosto de 2011

A imprensa fala muito mal de mim. Por isso não leio jornal. Me dá azia. – Seboso de Caetés -



LULA ANDA COM UMA AZIA DOS DIACHO!!!
Jornalista Luiz Cláudio Cunha

O governo, qualquer governo, FAZ MAL À IMPRENSA. A imprensa, toda a imprensa, FAZ BEM AO GOVERNO – principalmente quando critica. Governo não precisa do 'SIM' da imprensa. Governo evolui com o 'NÃO' da imprensa. A proximidade da imprensa com o governo abafa, distorce o jornalismo. A distância entre governo e imprensa é conveniente para ambos, ÚTIL PARA A SOCIEDADE E SAUDÁVEL PARA A VERDADE. Jornalismo é tudo aquilo de que o governo não gosta. Tudo aquilo de que o governo gosta é PROPAGANDA. A imprensa, numa definição mais simples, deve ser o fiscal do poder e a voz do povo. Com o estrito cuidado para não inverter essa equação. Todas as afirmações acima foram feitas em 9 de maio passado, na Universidade de Brasília (UnB), pelo jornalista que assina este artigo. Elas contrariam, na essência, tudo o que LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA praticou e pregou em seus oito anos como presidente, no campo atritado das relações entre seu governo e a mídia. Este sentimento belicoso foi oficializado numa longa conversa com a revista piauí, em janeiro de 2009, quando confessou que não lia JORNAIS, REVISTAS, BLOGS OU SITES. E explicou que não era por falta de tempo: "É PORQUE EU TENHO PROBLEMA DE AZIA", explicou Lula a Mário Sérgio Conti, diretor da revista. Pois tudo mudou com sua sucessora, Dilma Rousseff, que demonstra ter um fígado bem mais saudável. A presidente mostrou isso logo na noite de sua vitória na eleição de outubro de 2010, ao exibir um vigor hepático e uma face simpática impensáveis no seu antecessor: "DISSE E REPITO QUE PREFIRO O BARULHO DA IMPRENSA LIVRE AO SILÊNCIO DAS DITADURAS. AS CRÍTICAS DO JORNALISMO LIVRE AJUDAM AO PAÍS E SÃO ESSENCIAIS AOS GOVERNOS DEMOCRÁTICOS, APONTANDO ERROS E TRAZENDO O NECESSÁRIO CONTRADITÓRIO", enunciou Dilma, pilotando um cavalo-de-pau que revertia toda a orientação emanada até então pelo Palácio do Planalto. E não era só discurso. Dilma, como todo mundo sabe, lê jornais e revistas, vê TV e navega na Internet. A bile presidencial, produzida a partir dessa leitura atenta, atacou os microorganismos partidários que ameaçavam apodrecer os tecidos da administração federal. Foi a partir de erros apontados por revistas e jornais, que Lula não lia, que DILMA DESENCADEOU UMA INÉDITA, FULMINANTE ASSEPSIA NO SEU GOVERNO, AFASTANDO DOIS MINISTROS PODEROSOS – ANTÔNIO PALOCCI, DA CASA CIVIL, E ALFREDO NASCIMENTO, DOS TRANSPORTES – E DEDETIZANDO O FOCO CRÔNICO DO DNIT COM A DEMISSÃO DE DUAS DEZENAS DE SERVIDORES. E terminou convocando um general da ativa do Exército para completar a faxina no infeccionado DNIT. Chamou duas mulheres -- Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti – para recompor seu entorno palaciano, sem consultar o PT, e limitou-se a participar sua decisão a Lula, sem consultá-lo previamente. A celeridade do bisturi de Dilma, que cortou fundo A PARTIR DAS MANCHETES E REVELAÇÕES DE FIM DE SEMANA DA IMPRENSA, desconcertou os partidos da base aliada e assustou o PT, HABITUADO AO ESTILO MANHOSO E LERDO DE LULA. A ensaiada retaliação dos partidos aliados esmaeceu diante do efeito positivo da ação presidencial junto à opinião pública, desacostumada a ver pronta reação do Planalto aos desvios evidentes de altos funcionários. Com Lula, tudo se ajeitava. Pegos em flagrante delito, até os ALOPRADOS ganhavam o conforto do colo presidencial. Quando explodiu o MENSALÃO, o maior escândalo de seu governo, em 2005, Lula reagiu coma rigidez de uma gelatina. A primeira reação, instintiva, foi declarar-se traído. Depois, pensando melhor, alegou que NÃO SABIA DE NADA do que ocorria nos gabinetes contíguos ao seu, no Planalto. Por fim, desdenhou, com a versão de que era tudo Caixa 2, financiamento clandestino de campanha, pecado que todos os partidos sempre cometeram, disse Lula, ecoando a esperta defesa de Delúbio Soares, o tesoureiro do PT que centralizava o esquema do MENSALÃO. Dois procuradores-gerais da República – Antônio Fernando de Souza e Roberto Gurgel – e a unanimidade do Supremo Tribunal Federal reconheceram o MENSALÃO que Lula desconhecia e aceitaram a denúncia contra 40 MENSALEIROS, muitos deles amigos e companheiros próximos ao presidente. A começar por José Dirceu, o poderoso chefe da Casa Civil de Lula, acatado na denúncia ao STF como CHEFE DA QUADRILHA, lindeiro de gabinete com Lula no Planalto e na intimidade do poder. Este sonso álibi de Lula foi desmentido justamente por um dos jornalistas que ele mais respeita, Ricardo Kotscho, seu ex-secretário de imprensa. Comentando a azeda entrevista à piauí, Kotscho escreveu em seu blog: "[LULA] É UM DOS CARAS MAIS BEM INFORMADOS QUE CONHEÇO POR UM SIMPLES E BOM MOTIVO: CONVERSA O TEMPO TODO COM TODO TIPO DE GENTE E VAI FILTRANDO AS INFORMAÇÕES QUE PODEM SER ÚTEIS PARA A SUA TOMADA DE DECISÕES. EM VEZ DE LER O QUE FULANO DISSE NA IMPRENSA, CHAMA O FULANO E CONVERSA DIRETAMENTE COM ELE, QUER DIZER, NÃO RECEBE INFORMAÇÕES DE SEGUNDA MÃO, MAS DIRETO DA FONTE". É difícil acreditar, portanto, que um cara tão bem informado, com tanta conversa como Lula, pudesse ser iludido por tanta gente, durante tanto tempo, sobre o insinuante MENSALÃO. Coincidência ou não, em 2009, a partir da Conferência Nacional de Comunicação, convocada por decreto de Lula, começou a sobrevoar o país o fantasma de um certo `Conselho Federal de Comunicação`, que entre outras atribuições teria o poder de "ORIENTAR, FISCALIZAR E MONITORAR" a imprensa, a pretexto de um "CONTROLE SOCIAL" da mídia. A reação desata e colocou a proposta em banho-maria, que se evaporou com o final do Governo Lula. Os últimos vapores desta sulfúrica ideia se diluíram neste final de semana. NEM O PT DEFENDE MAIS A SUGESTÃO DE UM CONSELHO FEDERAL PARA A MÍDIA. A executiva nacional do partido, reunida no Rio de Janeiro, defendeu um caminho oposto: a ampliação da liberdade de expressão no país, para "REPUDIAR E IMPEDIR QUALQUER TIPO DE CENSURA". Exatamente o contrário do ameaçador Conselho Federal de Comunicação, que nem foi citado no texto da resolução política aprovada pelo conselho supremo do PT e divulgada oficialmente neste domingo, 7. Redirecionado para os novos tempos de Dilma Rousseff -- UMA PRESIDENTE QUE PREFERE O BARULHO DE UMA IMPRENSA LIVRE E AS CRÍTICAS DE UM JORNALISMO QUE APONTA ERROS E TRAZ O NECESSÁRIO CONTRADITÓRIO --, o PT começa a deixar o desvio da intolerância e resgata uma bandeira que havia desfraldado em sua fundação, 31 anos atrás. O PT, COMO DILMA, ABANDONOU LULA À SUA PRÓPRIA AZIA ( Nem a imagem e a manchete fazem parte do texto. Manchete original: “Dilma e o PT deixam Lula só com sua azia.”).
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - E O EX-PRESIDENTE LULA SE ORGULHA DE TER “CHEGADO AONDE CHEGOU” SEM GOSTAR DE LER E ESTUDAR. COM ISSO TENTOU ENGANAR OS OTÁRIOS AFIRMANDO QUE DEPOIS QUE FOI PRESIDENTE TUDO MELHOROU, DEIXOU O PAÍS COR-DE-ROSA. PARA OS IGNORANTES QUE É O ALVO ELEITORAL DO SEBOSO, UMA CESTA BÁSICA PARA NÃO PASSAR FOME O SUFICIENTE PARA UM GOVERNO SER ÓTIMO. E O QUE É MAIS GRAVE: AQUELE QUE SE ORGULHA DE NÃO TER ESTUDADO É O MAIOR BENEFICIÁRIO DESTE ESTADO DE COISAS. UM ELEITORADO BEM INFORMADO JAMAIS IRIA CONSAGRAR UM POLITIQUEIRO FALASTRÃO E SEUS SINISTROS “COMPANHEIROS”. JAMAIS IRIA ELEGER QUEM SE ORGULHA DE SER UM “MANÉ” IGNORANTE, EGRESSO DAS HORDAS DO “SINDICALISMO DE RESULTADOS. ESSE É O RETRATO PANORÂMICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UM CAOS TOTAL.



Nenhum comentário: