sábado, 23 de agosto de 2008

-PUNHETOLOGIA-

Recentemente fiz um exame exótico conhecido por espermograma. Cinco dias de seca pra fazer o exame. E não se pode levar o material de casa, tem que punhetar no laboratório. Cheguei lá, um cara de branco me deu o potinho de plástico e indicou um cubículo abafado e asséptico. "Se precisar de uma revistinha, tem ali. Trave a porta". Calor, Recife é pra se lascar. tirei quase toda a roupa, sentei numa cadeira, apoiei o pé na pia. A revista era uma Sexy de dois anos atrás. Mais manuseada que nota de um real. Apelei para a imaginação. Não imaginei nada. Percorri a memória. Não lembrei nada. Comecei a suar entre as paredes de laminado branco do cubículo. A Sexy tinha uma ex-assistente de palco do programa Raul Gil. Xoxota escurona, pentelhos aparados em estilo moicano. Parecia um sapo morto. Fechei os olhos e fiz um relaxamento pra esquecer onde estava. Daí o pinto relaxou também. Pensei em deixar o exame para outro dia, mas o que dizer ao cara de branco? "Esperma tem, mas acabou"? No sufoco vi sobre a pia um vidro de sabão líquido. E me lembrei Do tempo da infância, inspiradas numa prima que dançava de shortinho. Naquele tempo eu me escondia no banheiro e usava sabonete pra deslizar a mão. Foi a salvação. Memória de pinto não falha. Reconhecendo ao mesmo tempo o auxílio do sabonete, o rebolado da prima, meu pinto acordou e ergueu-se a meio pau. Só não foi uma ereção completa porque a imagem da gorda se misturava com a da minha prima. Enfim, consegui abastecer o potinho. Mas não sei o que o médico vai pensar da presença de sabão no meu esperma[Extraído do Catarro Verde com adaptação do Blog Chumbo Grosso]


ESSA É DAQUELAS QUE QUANDO A MORTE MATA FICA COM PENA.

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